Chico e Caetano são - mais que artistas - dois intelectuais influentes no Brasil.
Desde 1960.
Caetano tem várias "bolas dentro":
- Defendeu a guitarra elétrica em 1968, enquanto Gil participava da passeata contra os instrumento.
(sim, tivemos uma passeata contra a guitarra elétrica).
- Reconheceu o talento de Roberto Carlos e a energia pulsante da Jovem Guarda (movimento que a Esquerda torcia o nariz).
- Defendeu Ronaldinho, quando o jogador foi pego com 3 travestis, falando o óbvio "é
um problema de Ronaldo e sua esposa".
Chico - bem mais reservado; homem de família e filho de um grande pensador - se tornou um símbolo na luta pela democracia.
Símbolo, galã, pensador e tudo mais.
Lembro até de um artigo na Superinteressante (escrito por um gringo) que tinha o título mais ou menos assim: Deus existe ou é só o Chico Buarque.
Estamos falando de duas pessoas extremamente importantes para a cultura e política brasileira.
Décadas de trabalho e posicionamento.
Não vamos esquecer o valor artístico e as belas posições políticas defendidas pelos dois ao longo dos anos, mas....
(sempre tem um mas)
Há tempos eles vêm defendendo o indefensável.
Chico assina todas as cartas abertas favoráveis a ditaduras (Cuba; Venezuela, et caterva).
Caetano não assina, mas faz show para defender cada bobagem (como chamar impeachment de golpe).
Mais uns dias e devem estar tocando pela liberdade de Lula.
Não estranharei se a população - cansada das posições políticas completamente equivocadas - passe a ter ojeriza da obra.
Encarar ostracismo - depois de 50 anos de sucesso - não deve ser fácil.
Defender o cumprimento da pena por criminosos condenados em segunda instância não é de direita, nem de esquerda.
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