Primeiro foi 1982.
Tinha 7 anos.
Chorei um ou dois dias pela partida de futebol que perdemos para a Itália.
Paolo Rossi foi tatuado em minha história.
Enquanto choravamos eu e minha tia, Vó Zélia tentava nos consolar inutilmente.
Depois foi o 7 a 1 em casa.
Pior em Minas Gerais.
Apagão.
Perder da forma mais humilhante possível.
Tão humilhante que transformou 1950 em poeira.
Lembrei do Barbosa, goleiro de 50 que passou a vida sendo culpado pela derrota... coitado.
Em 2014, passado uma semana já estavam todos os jogadores vendendo guaraná.
Coitado do Barbosa....
O pior foi sentir que a Alemanha "tirou o pé" por dó da torcida, quando estava 5 a zero.
Depois disso ainda fizeram mais 2.
Perdi dias triste.
Então jurei nunca mais ligar para futebol.
Não saber nomes, não acompanhar equipes, não assistir um jogo sequer.
Desde então mudo de canal quando ouço qualquer início de notícia.
Em época de copa (que não sei quando começa), é impossível não ouvir um Neymar, ou Coutinho (não sei quem é).
Ouço mas não guardo.
Meus planos?
Vou solenemente ignorar qualquer vitória ou derrota.
Aproveitar as rodovias vazias e o ponto facultativo do trabalho para pedalar.
Se alguém puxar assunto com um "...e a seleção, hein?!"; responderei com um "Que se foda a seleção".
Tal qual um namoro mal acabado, ficou muita mágoa em meu coração
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