segunda-feira, 24 de setembro de 2018

A meu Tio Aparecido

Meu Tio Aparecido nos deixou ontem a noite.
Homem simples.
Honesto.
Inocente.
Sorridente.
Colecionador de amigos que se reuniam diariamente para conversar e ouvir - não raro - conhecidas histórias.
Sempre com um sorriso no rosto e uma coisa agradável para falar.
Trabalhou no serviço pesado da lavoura até os 76 anos, quando surgiu um problema no coração que recomendou aposentar de verdade.
Morreu de repente e em casa.
Nunca deu trabalho a ninguem.
Pessoa rara demais.
Incapaz de proferir uma palavra amarga ou ofensiva.
Tinha suas opiniões, é claro, mas jamais ofendia (mesmo quando era ofendido).
Estendeu-me a mão e desde o começo me ajudou a tocar o pequeno pedaço de terra que os antigos Cabrais me deixaram em herança.
A saudade já chegou.
Dificil voltar a roça sem ele estar lá.

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