segunda-feira, 27 de julho de 2020
A Pós
Gare du Nord. Paris.
Acho que nasci em um ônibus.
Primeiro pegava o Cometa que ia pra Poços. Depois o Santa Cruz que me levava até Muzambinho. Depois outro Santa Cruz até Monte Belo.
9 horas.
A ida era fácil.
Duro era voltar: Alfenas (Santa Cruz), Pouso Alegre (Passaro Marron ou Transul) Santa Rita, Itajubá.
Um dia inteiro na estrada.
Comecei o circuito Itajubá/Monte Belo ao nascer.
Com 10 já ia sozinho.
Com 13 metade do percurso era de carona.
Nos tempos de universidade eram 15 horas de ônibus em várias baldeações.
Dentre minhas loucuras, nada supera 48h de ônibus até Fortaleza/CE.
Voltei lá de avião. Não tem o mesmo sabor. Chega a ser chato.
Em avião ninguém abre um pacote de Fandangos.
Viajar de ônibus seria um tormento se não fosse um fato: adoro viajar.
Foi assim que - quando me vi na Gare du Nord, pegando um TGV - senti que estava terminando minha pós-graduação em busão.
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