segunda-feira, 30 de julho de 2018

A proibida

Penso que é besteira proibir a compra de certas coisas.
Existindo consumidor, haverá um vendedor.
A proibição de condutas é mais eficaz.
A proibição de coisas se revela inútil, pois tudo, absolutamente tudo, pode ser comprado.
A proibição faz apenas o preço subir.

Se funcionasse, a maconha (proibida há 100 anos) já deveria estar extinta; o abortivo citotec não existiria no Brasil; os esteróides anabolizantes idem.

Eleger um presidente linha dura, tipo Bolsonaro, também não resolverá.
Seria bom, mas nada vem num passe de mágica.
Tipo: elegeu o Bolsonaro e de repente o delegado corrupto vira honesto?
Não... Não é assim que funciona.

Perdemos a guerra contra o tráfico de drogas.
A única chance que temos é cortar o financiamento.
Acabar com a fonte de recursos.
Sem dinheiro, a criminalidade migraria pra outros crimes (assaltos a bancos, residências, etc).
O recrutamento do tráfico ficaria comprometido (ninguém chama um menino de 12 anos prum assalto a banco, mas o tráfico contrata como olheiro ou aviãozinho).

Sejamos realistas: Legalizar as drogas, implica em aumento de viciados, claro.
Sim... haverá mais viciados.
Droga causa prazer e o ser humano se vicia em tanta coisa... até em trabalho; até em academia de ginástica.

Mas tratar viciados é mais tranquilo que lutar contra o tráfico.
E assim as drogas se tornariam um problema de saúde pública e não de polícia.

Repetir os últimos 50 anos esperando resultado diferente é muita inocência.

Enquanto isso, na hora do almoço, ao voltar pra casa, encontro com estudantes fumando maconha perto da Igreja Matriz; pedreiros perto da rodoviaria.
Todo dia: um ritual.
A noite, nas minhas pedalas, encontro outros inúmeros grupos.
Sempre nas ruas.
Sempre ao ar livre.
Itajubá fede maconha (aquela que é proibida)

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