sábado, 28 de dezembro de 2019

Bailarina

Durante 3 segundos
Acreditei.
Em tudo.
No país.
Na harmonia.
No surdo
(Da bateria)
Ela sambou.
A vida podia ser bela.
O Brasil, um carnaval.
Negra, magra, linda, bailarina.
Os gestos eram doces, bruscos e violentos.
Suada a pele refletia luzes
Linda.
Negra.
Magra.
Bailarina
Os braços mexiam
Eu acreditava
No Flamengo.
Na mistura.
No ritmo.
Linda. Negra. Magra. Bailarina.
E ela parou de dançar.
E tudo voltou a ser
Como sempre.

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