país, mas mesmo assim foi imortalizado por mudar os rumos do futebol europeu.
Sua história, que deu origem à Lei Bosman, que completa 20 anos nesta terça-feira, permitiu que os jogadores europeus, ao fim de seus contratos, pudessem assinar com outros clubes, não ficando vinculados a suas agremiações devido ao passe.
Quando atuava pelo RFC Liège, que havia comprado seu passe do Standard de Liège por 75 mil francos belgas, o jogador, em fim de contrato, recebeu uma proposta de renovação em que teria seu salário reduzido para 25% do contrato anterior. Sem aceitar, ouviu proposta do Dunkerque, da França. Na hora de acertar a transferência, o clube belga pediu um valor de 600 mil francos belgas para repassar o jogador.
"Eu estava no fim do meu contrato com Liège. Eles me ofereceram um novo contrato com valor quatro vezes menor do que eu recebia no anterior e para me vender para Dunkerque eles estavam exigindo quatro vezes o preço que haviam pago por mim anteriormente. Em outras palavras, eles pensaram que eu havia me tornado quatro vezes melhor se eu quisesse sair e quatro vezes pior se eu quisesse ficar e assinar novamente com eles", disse Bosman, hoje com 51 anos, ao jornal inglês "The Guardian", "Eu me sentia em cativeiro", completou.
Foi neste momento que Bosman acreditou que havia chegado a hora de buscar seus direitos na Justiça, pois não aceitava que fosse um prisioneiro dentro de um clube que, antes de 1995, detinha o poder sobre o jogador de forma que, ao fim de um contrato, se via desobrigado a remunerá-lo, mas poderia impedir que ele atuasse em outro clube sem que fosse devidamente pago.
A briga jurídica se estendeu por cinco anos, culminando com 1995, quando o tribunal de Justiça da União Europeia, localizado em Luxemburgo, deu ganho de causa ao jogador, que sabia que não poderia seguir sua carreira, mas que havia mudado a forma de administração do futebol europeu.
"A mensagem tinha sido dada pela Uefa e Fifa para que todos os clubes não me
contratassem porque eu tinha tomado medidas legais contra as entidades e contra o
Liège", afirmou, "Eu percebi que minha carreira tinha acabado assim que decidi tomar medidas contra a Federação Belga, o clube e a Uefa, mas meu raciocínio era que eu era um cidadão europeu e deveria ser capaz de se mover livremente como os outros trabalhadores", completou.
contratassem porque eu tinha tomado medidas legais contra as entidades e contra o
Liège", afirmou, "Eu percebi que minha carreira tinha acabado assim que decidi tomar medidas contra a Federação Belga, o clube e a Uefa, mas meu raciocínio era que eu era um cidadão europeu e deveria ser capaz de se mover livremente como os outros trabalhadores", completou.
Com a decisão, os jogadores passaram a ficar livres dos seus vínculos ao fim dos contratos e, mais do que isso, não deixava mais que os clubes fossem pagos por jogadores que assinavam contratos com outros durante os seis meses finais do vínculo.
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